Rocinha. Museu Paraense Emílio Goeldi. Foto: Levi Freire Jr. |
Curta nossa Fan Page no Facebook: Aqui
Texto:
Levi Freire Jr.
Fotos: Levi Freire Jr, Google Images.
Quando pensamos em
museu visualizamos aquele lugar aonde são colocados objetos antigos, obras de
arte. Este pensamento não é errado, mas
por certo é limitado.
Um museu, sobretudo,
tem o objetivo de ser um local destinado à pesquisa, ao estudo, a ciência. Neste
sentido, temos um excelente exemplo: o Museu
Paraense Emílio Goeldi – MPEG.
Trata-se de uma
instituição vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, sendo
seu principal escopo estudar e empreendender pesquisas cientificas no que tange
os sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, em especial da “Amazônia legal”
que foi criada, principalmente, com o objetivo de melhor gerir e planejar economicamente
a região. Abrange os seguintes estados em sua totalidade: Amazonas, Pará, Acre,
Amapá, Roraima, Rondônia, Tocantins. Além de parte dos Estados do Maranhão
(Nordeste) e Mato Grosso (Centro-Oeste).
Levi Freire Jr. Rocinha. Museu Paraense Emílio Goeldi. |
Contudo, é na
capital do Estado do Pará, Belém, que está a sede do MPEG que vem colaborando
há anos com os estudos e o desenvolvimento da região amazônica, sua fundação é na segunda metade do século XIX (1866),
entretanto, sua história começa com os Naturalistas que por aqui estiveram no
início do Século XIX que em várias expedições à Amazônia foram compostos de Ingleses,
Franceses, Italianos, Americanos e Russos.
Como está dividido o MPEG?
Atualmente o Museu
Goeldi possui três bases cientificas:
1 – Parque zoobotânico
– em uma área de 5,2 ha. É aqui no centro de Belém que encontramos a diretoria
do museu, a área administrativa e até a editora do Museu.
2 – O Campus de Pesquisa, Inaugurado no ano de 1980, em Belém, possui
uma área de 12 hectares onde funcionam aqui as coordenações de Botânica,
Zoologia, Ciencias Humanas, ciências da terra e ecologia, Informação e
Documentação.
3- A Estação Cientifica Ferreira Penna – ECFP,
inaugurada em 1993, localizada no município de Melgaço/Pará, dentro da Floresta
nacional de Caixuanã. Os 33 mil hectares
que compreendem a estação cientifica foram cedidos pelo IBAMA e recebe
cientistas do mundo inteiro e tem como objetivo desenvolver diversas áreas do
conhecimento.
Levi Freire Jr no parque Zoobotânico Emílio Goedi. Belém - Pará - Brasil |
Mas como surgiu o Goeldi?
Sua gênese está
relacionada com a criação da associação Philomática (amigos da ciência) no dia
06 de outubro de 1866 em sessão solene no Palácio do Governo, presidida pelo
cientista Domingos Soares Ferreira Penna que recebeu incentivos de Louis
Agassiz, suíço que esteve em expedição cientifica no Brasil. No entanto,
somente em 25 de março de 1871, que o Museu Paraense foi oficialmente instalado
sendo nomeado Diretor Domingos Ferreira Penna.
Em 1889 com o fim
do império e com a morte de Ferreira Penna, o Museu Paraense fecha as portas.
Em 1891 Justo Chermont, José Veríssimo e Lauro Sodré reformam e reabrem o
Museu. Entre os anos 1890 e 1910 o
estado do Pará vive o auge do ciclo da borracha tornando-se o maior exportador
do produto para o mundo, foi neste período, que Lauro Sodré chama diretamente
do Rio de Janeiro Emílio Goeldi, Zoólogo, Suíço, Naturalista que assume a
direção do Museu em 09 de Junho de 1894, tendo irrestrito apoio do governo para
transformar o Museu Paraense em um centro de pesquisa de referência
Internacional.
Em 1895 foi criado
o parque zoobotânico que além de ser uma nova opção de lazer para a população, trouxe consigo o
escopo de educar através da mostra da fauna e flora. Em 1896 começam a
exploração de grande parte da Amazônia com o objetivo de coletar material para
o que se tornaria a primeira coleção zoológica, Botânica, Geológica e
etnográfica. O nome Museu Paraense passaria a se chamar Museu Paraense Emilio
Goeldi em 1900, em plena virada do século.
Parque Zoobotânico Emílio Goeldi. Foto: Levi Freire Jr. |
E o MPEG nos dias atuais?
O MPEG está ligado,
desde 1954, ao CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
tecnológico, entretanto, com objetivo de ampliar as pesquisas em âmbito
nacional e avançar em políticas publicas para a Amazônia o MPEG passa, em 2000,
a ser é subordinado ao Ministério da Ciência e tecnologia.
Em 2001, começam os primeiros frutos desta
mudança e é criado o curso de pós-graduação em botânica, parceria com a UFRA –
Universidade Federal Rural da Amazônia. Desde então, os programas científicos
crescem e solidificam: Programa Biodiversidade da Amazônia, em conjunto com a
Conservação Internacional (CI-Brasil); Redes científicas e tecnológicas, como a
Rede Nacional de Pesquisas (RNP); o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM); o
Tropical Ecology Assessment and Monitoring (TEAM); o Experimento de Grande
Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA); a Rede Temática de Pesquisa em
Modelagem Ambiental da Amazônia (GEOMA).
Referências Bibliográficas:
http://www.museu-goeldi.br/portal/
Nenhum comentário:
Postar um comentário