Levi Freire Jr na Maior Ilha Flúvio-Marinha do Mundo. Ilha do Marajó - Pará Brasil |
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Texto: Levi Freire Jr.
Fotos: Levi Freire Jr e Google Images.
Quando
estudamos geografia, ainda no ensino fundamental, começamos a identificar que
nosso país é de grandezas. No norte do Brasil encontramos muitos destes
superlativos: os maiores estados, Amazonas e Pará, respectivamente; as maiores
jazidas de minérios; o maior rio do mundo, Amazonas; e as maiores ilhas do
mundo: a ilha fluvial do Bananal, localizado no estado do Tocantins, e ilha flúvio-marinha
do Marajó localizada no estado do Pará.
É
na capital do estado do Pará, Belém, que começa nossa aventura rumo a Ilha do
Marajó, ilha com cerca de 50 mil km², se país independente fosse seria maior
que a Suíça (41 mil km²), Bélgica (30 mil km²), Israel (21 mil km²), dentre
outros. Se comparado com estados brasileiros é maior que o Rio de Janeiro (44 mil
km²), Alagoas (28 mil km²), e Sergipe (22 mil km²).
Foto: Google Images |
Foto: Google Images |
São 6h da manhã e já estamos no porto,
localizado no centro de Belém, próximo a maioria dos hotéis da cidade. O porto oferece
estrutura básica de serviços e atende aos passageiros que embarcam para vários
destinos da Amazônia.
Curiosidade: Está previsto para 2014 a inauguração do novo Terminal Hidroviário de Belém, que além de trazer mais conforto para os seus usuários habituais, visa dar maior conforto ao turista. Saiba mais: Aqui
O
barco regional sai pontualmente às 6h30min, valor da passagem na classe
econômica é de R$ 24,94 reais. O trajeto
até o porto do Camará, na Ilha do Marajó, é de aproximadamente 3 horas, a
partir deste ponto seguiremos através da rodovia estadual PA-154 até o município
de Soure.
Curiosidade: O Estado do Pará possui 144 municípios, sendo 16 municípios localizados na mesorregião do Marajó: Santa Cruz do Arari, Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista e Soure. Sendo que apenas 03 municípios são ligados por meio terrestres, rodovia PA-154: Cachoeira do Arari, Soure e Salvaterra. E apenas 02 municípios, Soure e Salvaterra, possuem infraestrutura básica de turismo. O acesso aos demais municípios é feito de barcos ou em pequenos aviões.
Para
trás vamos deixando a metrópole da Amazônia, Belém, que nos últimos anos vem
sofrendo uma urbanização, verticalizada, que deixariam os Antonios: Landi e
Lemos (séculos XVIII e XIX, respectivamente) atônitos com tantos prédios que
engolem a cidade, e que nada tem a ver com a urbanização que estes um dia
idealizaram e executaram.
Levi Freire Jr rumo a Ilha do Marajó... e Belém vai ficando para trás. |
Sobre
as águas da Baía do Guajará, formada pelos rios Guamá, Acará e Moju, vamos nos
aproximando do “colar verde-emeralda” que são as 39 ilhas que compõem a região
insular da cidade de Belém e que correspondem a maior parte da cidade 33.203,67
ha ou 65,64%, contra a porção continental
que corresponde a 17.378,63 ha ou 34,36% da área total. Dentre as ilhas que visualizamos da
embarcação estão as famosas Ilhas do Mosqueiro e Cotijuba.
A Baia do Guajará vai ficando para trás e começamos a navegar pela Baía do Marajó que recebe as águas do Rio Pará, Tocantins e Amazonas e que dependendo da época do ano pode ter maior ou menor salinidade em suas águas em face da influência do Oceano Atlântico, assim, fica claro o porquê da Ilha do Marajó ser uma ilha Flúvio-Marinha.
Curiosidade: Belém está localizada a cerca de 120 km de distância do Oceano Atlântico.
Chegamos
ao Porto do Camará às 9h30min e o trajeto agora é de carro até o município de
Salvaterra, cerca de 40 minutos pela PA-154, e de balsa, 10 min sobre as águas do
Rio Paracauari, que faz a divisão natural entre os municípios Salvaterra/Soure.
Porto do Camará - Ilha do Marajó - Pará - Brasil. Foto: Levi Freire Jr. |
Porto do Camará - Ilha do Marajó - Pará - Brasil. Carrinho com as frutas da Amazônia: Cupuaçu e Bacurí. Foto: Levi Freire Jr. |
Travessia Salvaterra/ Soure. Rio Paracauari. Foto: Levi Freire Jr. |
Nossa
visita em Soure será rápida e precisamos otimizar o tempo para conhecermos os
principais pontos da cidade, dentre eles a praia da Barra Velha, o curtume, o
centro de artesanato, além de contemplar as belezas da flora e da fauna amazonida,
como por exemplo, as áreas de várzeas e
terra firme, manguezais, a revoada dos guarás e as famosas manadas de búfalos
que ficam a se refrescas sempre que encontram poças d’águas, igarapés ou rios.
Curiosidade: O Marajó possui a maior população bubalina do Brasil, sendo maior do que o seu próprio povo. Estima-se uma população de cerca de 500 mil habitantes e um rebanho de cerca de 750 mil búfalos.
É importante pontuarmos que 12 municípios do Marajó encontram-se em uma área de proteção Ambiental (APA), são eles: Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, Soure, Afuá, Anajás, Breves, Curralinho e São Sebastião da Boa Vista. São objeto de proteção desde 1989 através do artigo 13 § 2º da Constituição do Estado do Pará, “ipsi litteris”:
§ 2º. O arquipélago do Marajó é considerado área de proteção ambiental do Pará, devendo o Estado levar em consideração a vocação econômica da região, ao tomar decisões com vista ao seu desenvolvimento e melhoria das condições de vida da gente marajoara.
Com
tanta grandeza e riqueza em detalhes faremos outras postagens sobre o Marajó. É
só aguardar e acompanhar. Curta nossa Fan Page no Facebook: Aqui
Ilha do Marajó. Trilha até a Praia da Barra Velha. Foto: Levi Freire Jr |
Levi Freire Jr. Ilha do Marajó. Trilha até a Praia da Barra Velha. |
Ilha do Marajó. Praia da Barra Velha. Foto: Levi Freire Jr. |
Levi Freire Jr. Ilha do Marajó. Praia da Barra Velha. |
Ilha do Marajó. Búfalos e Guarás. Foto: Levi Freire Jr. |
Referências
bibliográficas:
Relatório
Analítico do Território do Marajó elaborado pela equipe do projeto “Desenvolvimento
Sustentável e Gestão Estratégica dos Territórios Rurais - no Estado do Pará” da
Universidade Federal do Pará - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas. Ministério
do Desenvolvimento Agrário – MDA. Grupo de Estudo e Pesquisa Trabalho e
Desenvolvimento na Amazônia – GPTDA. Equipe do Projeto: Maria José de Souza
Barbosa, Farid Eid, Maria Antonieta Rocha Santos, Karime Ferreira Carvalho, Luiz
Paulo Farias Guedes, Rodrigo Augusto Sobral Santos, Wilk Cardoso Cruz, Edson
Junior Lima de Souza, Ouripson Dalvan Lopes Félix. Belém - Agosto de 2012.
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