Levi Freire de Jr. - Mangal das Garças - Belém /Pará/ Brasil |
Sinto orgulho e tristeza em ser Guia
de Turismo! Por certo, tal afirmação é Dicotômica!
Mas é assim que me sinto ao ver
que uma profissão tão importante para o desenvolvimento do setor turístico e economia
de todo um país é negligenciada e achincalhada pela ausência do poder público, e
por algumas empresas privadas que insistem em contratar pessoas não
credenciadas (piratas) para operacionalizar seus pacotes turísticos,
comprometendo, inclusive, a prestação de serviço ao consumidor.
Ahhh se o
consumidor conhecesse seus direitos, por certo, muitas destas empresas pensariam
duas vezes antes de apresentar qualquer “servicinho” para seus clientes. Consumidor, exija Guia Credenciado pelo MTur.
O fato é que a Lei Federal 8.623/1993
(Lei do Guia de turismo) não tem trazido sua eficácia, pelo menos não aqui no
norte do Brasil, onde vemos a ilegalidade crescer absurdamente e descaradamente.
Mas o que dizer de um Estado em que sequer consegue dar segurança pública aos
seus cidadãos/residentes?
Neste sentido, pelo Estado não
fazer um de seus deveres de casa, dar segurança aos cidadãos, pois em 02 (dois)
dias, no último final de semana, foram cerca de 50, eu disse C I N Q U E N T A assassinatos, o que nos
obriga a ir seguindo presos dentro de nossas casas e pedir ao divino que não tenhamos
o mesmo fim trágico da guerreira Fátima da Policia Militar, morta dentro de sua residência.
Assim, como falar de turismo se não temos sequer S E G U R A N Ç A? O que falar
da Secretaria de Turismo – Setur que segue inoperante, inerte, insípida e
inodora, pois, diante das V Á R I A S denúncias de ilegalidades que ocorrem no
setor turístico, sequer responderam aos ofícios?
O que falar do Ministério do
Turismo – Mtur, onde estive algumas
vezes pessoalmente em Brasília, gastando do meu bolso, para pedir F I S C A L I Z A Ç Ã O? Diante das recentes
atuações podemos dizer que: um KG de sal é pouco para salgar um oceano! Assim, mandar
fiscais para Belém do Pará para fiscalizar os hotéis é um acinte aqueles que
estão clamando por socorro diante da I L E G A L I D A D E de agencias, transportadoras e guias piratas. Fiscalização esta que não seria um favor, pois, quer trabalhe,
quer não, os guias de turismo, como profissionais autônomos que são, pagam
impostos (ISS/INSS) mensalmente.
Assim meu orgulho reside em ter
feito parte da história de centenas de pessoas ao longo destes muitos anos de profissão,
transformando sonhos em realidades. Levo a alegria no rosto, mas na alma resta a
tristeza ao ver os rumos do turismo de nosso estado/País.
Assim, diante do achincalhamento por
aqueles que poderiam fazer algo, mas optam pelo silêncio, inércia e conluios, existe
o que comemorar neste dia? Talvez seja um dia mais para manifestos do que para
celebração. Talvez um dia para acalentar a alma e renovar os sonhos de dias melhores,
assim, podemos celebrar a E S P E R A N
Ç A.
Levi Freire Jr.
Guia de Turismo.