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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome... Museu Frida Kahlo. By Levi Freire Jr

 Em  novembro de 2012, A Vogue México  estampa em sua capa a pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954). 
Isto aconteceu  quase 60 anos após sua morte. Foto: Nickolas Muray.

A primeira vez que escutei a musica “Esquadros”, Composição/Interpretação de Adriana Calcanhoto em homenagem ao seu irmão cego, foi em um barzinho que ficava localizado na Av. 25 de setembro quase na esquina da Tv. Humaitá, em Belém do Pará, o famoso “ 25horas” !

A música que era um hino entre os frequentadores, causava Frisson, e naquela ocasião eu não entendia a dimensão da letra de conteúdo forte e sugestivo. Uma das frases cantadas e tocadas “Eu ando pelo mundo Prestando atenção em cores Que eu não sei o nome, Cores de Almodóvar Cores de Frida Kahlo Cores” ecoa em meus ouvidos até hoje e reflete em minha vida, e posso até dizer que seria uma perfeita “trilha sonora” da minha rotina pessoal e profissional, afinal, eu ando Pelo Mundo vendo coisas, pessoas e cores, pela janela do quarto de hotel, pela janela de um carro!

Naquela época, pesquisando sobre alguns dos personagens citados na música, comecei a ter a minha compreensão sobre o porque a música me impactava. Almodóvar, cineasta espanhol, sempre gerou muita polêmica em razão do conteúdo de seus filmes, com assuntos que à época chocavam, pois, eram verdadeiros tabus, e alguns ainda são! Mas foi quando encontrei Frida Kahlo que me identifiquei com esta personagem forte e polêmica que estava muito a frente da sua época. Uma visionária!

Museu Frida Kahlo. Foto: Levi Freire Jr.


Filha de luteranos alemães que migraram para o México em 1891, Frida nasceu onde hoje funciona o Museu Frida Kahlo, “La Casa Azul”, em Coyoacán, naquela época uma cidadela nos arredores da cidade do México, hoje um dos bairros desta megalópole. 


Levi Freire Jr no Museu Frida Kahlo.


A história de Frida, nem os mais talentosos roteiristas de drama poderiam imaginar. Aos seis anos de idade foi vitima de poliomielite que deixou uma lesão em seu pé direito “conferindo“ a ela o apelido de “Frida pata de palo”, Perna de Pau.  Sofreu um acidente que resultou em várias fraturas por todo o corpo, teve uma perfuração por barra de ferro que atravessou sua pélvis saindo pela vagina, fez  vários tratamentos e infinitas cirurgias para reconstruir seu corpo,  casou-se por duas vezes com o mesmo homem com quem teve uma relação conturbada e varias relações extra conjugais com homens e mulheres, teve três abortos, amputação de uma perna, morreu de pneumonia, e ainda assim existe a hipótese de suicídio por overdose.     

Como percebemos a vida de Frida Kahlo não foi nada fácil. Queria ser médica, mas começou a pintar muito cedo, talvez influenciada por seu pai que tinha a pintura como um passatempo. Assim, Frida passou a assistir as aulas de desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México, no bonde, a caminho para uma das aulas, aos 18 anos, sofre um acidente. Sobrevive por milagre, dada a gravidade do acidente. Precisou utilizar coletes ortopédicos e foi durante o período em que estava se convalescendo que começa a pintar de forma mais intensa,  uma de suas obras foi em um dos seus coletes o qual intitulou a obra como: “A Coluna Partida”.  Suas obras sempre muito coloridas expressavam suas angustias, dores, medos, revoltas, e tudo isto, aliado ao folclore e a arte Popular Mexicana.

Levi Freire Jr nos Jardins da Casa de Frida Kahlo. Cidade do México. 

A vida pessoal de Frida sempre se confundiu com sua arte. Casou-se com o renomado pintor Diego Rivera, um mulherengo inveterado. Rivera, também sabia das relações de Frida com outras mulheres, só não aceitava as relações extraconjugais de Frida com outros homens. Após flagrar o marido em relação sexual com sua irmã mais nova, Cristina, se separa de Rivera e passa a ter um caso com Leon Trotskium, um intelectual marxista e revolucionário bolchevique, organizador do exército vermelho e rival de Stalin.

Passado um tempo, Frida volta a se casar com Diego Rivera, e mesmo morando em casas separadas, ligadas por uma ponte, a relação  continua conflitante, tal qual o primeiro casamento. Apesar de ter engravidado por três vezes, nunca conseguiu realizar o sonho de ser mãe, pois, o acidente do passado comprometeu seu útero impedindo de levar uma gestação até o final.  

Frida tem uma gangrena e tem a perna amputada. A saúde de Frida, frágil desde sempre, é agravada por uma pneumonia, e vem a falecer em 1954. Apesar de em seu atestado de óbito declarar como causa da morte embolia pulmonar, não é descartada a hipótese de overdose em razão dos muitos medicamentos que tomava.  

A última mensagem em seu diário: "Espero alegre minha partida, e espero nunca mais regressar” – Frida.

Seu corpo foi cremado e as cinzas  estão no museu criado em 1958, quatro anos após sua morte.


Frida Kahlo é um dos principais personagens da história contemporânea mexicana, não apenas por sua vida conturbada e polêmica, mas principalmente pelo legado de superação, por sua arte e por enxergar  beleza em meio a tantas tragédias!

Frida Kahlo esta estampada na cédula de Quinhentos Pesos. Foto: Levi Freire Jr.




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